sábado, 27 de agosto de 2011

Outra vez a mesma gentinha!

Houve uma época em que os religiosos eram os únicos letrados, e faziam questão de justificar isso por alguma necessidade divina, mantendo assim o poder sobre aqueles que não sabiam ler e escrever. Hoje vemos isso como um absurdo, pois é claro que é bom que todos sejam alfabetizados.  Para nós hoje é muito claro que é importante que todos saibam ler e escrever para que assim sejam livres para ter a própria interpretação daquilo que leem. E também para que leiam aquilo que quiserem. Assim toda a vida se torna mais democrática e mais rica. Sabemos que aquela época era absurda e que aqueles poucos padres que tinham o poder escolher, filtrar e interpretar o que os outros tinham o direito de ouvir estavam na verdade cometendo um crime contra a humanidade, ajudando a torná-la fraca, doente e submissa. Agora pasmem! Eles estão de volta. Querem dessa vez o monopólio sobre a mediunidade e o contato com o mundo dos espíritos. Outra vez a mesma gentinha fazendo a mesma coisa. Querendo monopólio e exclusividade de algo que é natural e intrínseco a toda a existência humana. Querem ser donos de algo que deveria ser um direito inato de cada um para que possa ser usado de infinitas maneiras assim como são infinitas as diversidades humanas.
Ao se criar um manual de como se utilizar a mediunidade, se torna monótono, cinza, repetitivo, covarde, fraco, feio, aquilo que poderia e deveria ser alegre, colorido, diverso, poético, vivo. Se torna pobre algo que deveria ser rico. E essa desculpa de que estão os protegendo de coisas que não entendem já não cabe mais. Isso é papo de quem por ser muito baixo e mesquinho tenta intimidar os outros com medo de perder uma posição de prestígio em relação a algum conhecimento. Pois no fundo sabem que se os outros tiverem acesso a esse conhecimento, rapidamente eles o ultrapassarão, e assim a sua baixeza ficará novamente escancarada. Além disso, nem todos são fracos e covardes a ponto de terem medo de obsessores. Existem muitos que adoram uma boa batalha. E batalhando crescem e florescem. Quem já participou de muitas batalhas sabe como elas são importantes para nosso crescimento e amadurecimento. Só quem é muito fraco acha bonito fugir da luta quando ela aparece. A fraqueza, a covardia e o medo não deveriam ser ensinados como virtude sobre o falso nome de prudência.

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