domingo, 7 de agosto de 2011

O grito de vida

Ó vida minha querida. Agora chegou a sua hora. Agora chegou a nossa hora. Já chega dos anos de silêncio. Já não dá mais para guardar. Não, não dá mais. Ficou grande demais. Já não suporto. Preciso me livrar disso tudo. Preciso gritar tudo isso. Ó sábia vida, eu sei que você que é a dona do tempo. Você que é a dona do momento. Então como faremos? O que faremos? O que faremos hoje? O que escreverei aqui e agora minha querida amada? O quê? Um sopro do que significa viver? Um sopro? Sim, um sopro. É o máximo por hoje. Não tente entender meu querido companheiro. Como é estranho alguém tentar entender a vida. O que é a vida? Não percebem que vocês são a vida? Você é a vida! Como estar em busca da vida? Sim eu entendo, mas agora sou eu que falo, então me escute. A vida é você. Muito mais do que você pensa. Como assim pensar sobre o que é a vida? Como pode a gota pensar sobre o oceano? Ela não vê que ela é o oceano? Todos os mistérios da existência estão em vocês meus queridos. Meus companheiros. Meus irmãos, meus camaradas. Meus outros eus. A vida está em tudo. Ela está em todos. Ela está no nascer, ela está no morrer. Ela está no chorar, ela está no sorrir. Ela está no vencer, ela está no perder. Ela está no amar, ela está no odiar. Ela está na companhia, ela está na solidão. Em tudo. Para onde quer que você vá meu querido. Do jeito que você quiser ir e com quem você quiser ir, sim a vida estará lá. Pois não há nada além dela. A vida é tudo. A vida é toda. Você é a vida. Você é todo. Em você está o todo. Você é o todo.

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