quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O novo imperador


Eu confesso que já fui por muito tempo uma pessoa bastante otimista, alguém que vivia acreditando que o mundo estava para se tornar um lugar melhor e que coisas boas estavam para acontecer, porém hoje, depois de ler, aprender e viver algumas coisas eu percebo que na maioria das vezes o otimismo que eu tinha era fruto apenas da minha ignorância e da minha incapacidade de compreender direito as coisas.
Hoje o Barak Obama foi eleito presidente dos EUA e por isso pessoas do mundo inteiro estão comemorando por acreditar que isso vai significar uma mudança efetiva nas políticas desse país, vejo muitos esperançosos de que os terríveis anos de Bush se tornarão em breve coisa do passado e de que o mundo esta agora entrando em uma época melhor. Senhores! Eu mais do que todos vocês gostaria de acreditar que os EUA parariam de invadir outros países, que eles parariam de se auto-intilular como donos do mundo, que eles parariam de olhar para a América latina como se ela fosse o quintal da casa deles, que eles acabariam com o embargo econômico, comercial e financeiro a Cuba que já dura 46 anos, que os imigrantes nesse país passariam a ser vistos com solidariedade e que a dívida dos países pobres seria toda perdoada. Gostaria muito de acreditar que os próximos anos marcariam o fim desse imperialismo americano sangue-suga, arrogante e prepotente no mundo.
Meus caros amigos, eu sonho com essas coisas todos os dias, gostaria muito de poder acreditar que tudo isso está para acontecer, mas infelizmente o meu bom senso não me permite. Eu sei que existem diferenças entre Mcain e Obama, mas todas elas são apenas maquiagens dentro de uma mesma visão política Imperialista baseada sempre no lucro, com os EUA sendo eternamente os donos do mundo. Sei que dentro desse mesmo contexto o Mcain, o Bush e sua cambada são bem mais conservadores, com idéias que muitas vezes beiram o próprio fascismo, mas mesmo assim não se enganem, o fundo ideológico e político do Obama é o mesmo dos outros, é o amor desenfreado ao capitalismo, ao nacionalismo, ao militarismo e a soberba americana, só muda a forma, mas o conteúdo é o mesmo.
De fato, não creio que haverá mudança significativa nenhuma e é uma pena que toda essa onda de otimismo mundial esteja baseada apenas em uma mera ilusão. Do fundo do meu coração eu gostaria muito de poder compartilhar desse sentimento que tomou conta de muitas pessoas hoje, mas infelizmente não dá, já cansei de me enganar.